Trabalho_Volunt_Crs - Pausas e vírgulas
Pausas e vírgulas
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Pausas e vírgulas
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LITERATURA > 6_Crônicas_Crs > 1_Miguel_Pereyra_Crs > 2022_Crs
LITERATURA > Crônicas
29/09/2022
Miguel Angel Pereyra
Um portoalegrense argentino
> Sua Apresentação <
* * * * * *
Como as vezes anteriores vou escrever um conto que na realidade não é tal.
Digamos que é um conto com final para meditarmos.
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Trabalho Voluntário
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* * * * * *
O tema da nossa morte é um interdito da sociedade atual, mas nem sempre foi assim.
Não é negando-a que se evita.
Aliás, o homem está sujeito a essa, uma das grandes leis da espécie.
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Perguntam-lhe a um ancião, triste, que é o que há com ele.
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m
Ao que responde:
m
- A
morte está presente, eis o que há
.
m
É dessa compreensão que o amor à vida se faz mais forte e que cada segundo vale por toda ela.
Nosso medo parece-me não referido principalmente à própria morte, mas sim à do outro.
Razão mais que suficiente para gozar plenamente de sua companhia.
m
Aproveito o fio da meada e faço menção uma outra, para mim grande, lei da espécie:
m
"Não estamos para ser servidos e sim para servir"
m
Todos procuramos trabalhar, sendo o principal motivo
consciente
, o nosso sustento e da nossa família.
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m
Já o
inconsciente
seria que o produto de nosso labor é útil aos outros,
m
m
pelo que, se trabalhando, não há maneira de fugir da ação de
servir
.
m
Utopia
mediante, e esperando que não me apareça um Henrique VIII que queira a minha cabeça,
poderíamos mudar a ordem e colocar o
inconsciente
no primeiro lugar e o
consciente
no segundo.
m
Isto é, nosso trabalho como aporte à felicidade e ao bem-estar dos outros, e o nosso sustento como sua natural consequência.
Com certeza estaríamos, não sei se felizes, mas sim mais satisfeitos e alegres.
m
m
Se não tenho razão, porque tantas pessoas que já passaram dos sessenta anos, ficam tão tristes, embora o sustento esteja garantido?
Será que sua "utilidade financeira" já caducou?
m
Será que sua utilidade social não permanece firme e pronta para funcionar assim que solicitada?
Não haverá na procura do mal chamado
trabalho voluntário
por pessoas dessa faixa etária, a intenção, a necessidade e o desejo reprimido de
servir
?
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m
Eu não tenho dúvidas, e digo que sim!!!
m
Um senhor, fabricou guarda-chuvas a vida toda.
Eram de muitas cores. Verdes, azuis, laranjas, vermelhos, brancos, cinzas; todas as emoções que vocês desejarem.
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m
E os cabos? De uma beleza superlativa.
m
Como eram tempos antigos e outra mentalidade reinava; havia de marfim, de madeira e incrustações em pedras comuns e também as preciosas.
Enfim, para todos os gostos e bolsos.
m
Já ancião, um dia de grande chuvarada,
sai à porta de sua casa, e vê que todos estavam protegidos por um dos seus guarda-chuvas.
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Velhos e crianças, homes e mulheres. A rua era um festival de cores e personalidades diferentes por elas representadas.
m
Seu rosto abriu-se num amplo e gostoso sorriso,
m
m
e pensou:
m
"A vida esta presente, eis o que há"
m
Entrou novamente à sua casa e, alegremente, reabriu sua antiga oficina.
Olhando a rua pela janela falou para si dizendo:
m
"Vou continuar fabricando guarda-chuvas,
já que
sempre haverá quem os use"
* * * * * *
m
Eu acho que o ancião tem toda a razão.
E você?
m
* * * * * *
* * * * * *
* 1
/
Historia da morte no Ocidente
> Philippe Ariès <
m
m
* * * * * *
> Henrique VIII / Tomás Moro <
* * * * * *
* 2
-
Trabajo voluntário
: é, para mim, assim mal chamado por que todo trabalho é voluntário, e a natureza do trabalho que estamos comentando,
eu o denomino de
m
trabalho, muito agradável, não remunerado
* * * * * *
O autor da presente crônica escrevia no jormal
"
Folha de Canela
".
O tema aqui desenvolvido foi publicado no mês de novembro de 2013.
* * * * * *
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