Diferencias lingüísticas, semânticas e de educação
Tarde primaveril.
Em uma pequena cidade ribeirinha, pai e filho se dirigiam para o litoral.
Ficava a oeste, então o espetáculo do pôr do sol estava garantido.
Pai de cerca de quarenta anos e filho de cerca de dez.
Era uma rua em “subida”, e depois do alto da lomba, sabia-se que o rio apareceria, grandioso e perpétuo, pois havia sido admirado por muitas gerações, inclusive pelos personagens desta história, e por quem sabe por quantas mais por vir.
Portanto, para nossa humilde existência, perpétuo.
E isso de grandioso é porque a cada dia, apesar de ser ele mesmo, se veste de forma diferente.
Deve ser por isso que chamamos de Criação ...
No meio da "subida" havia um homem, maduro, não idoso, mas sim à porta da ancianidade,
deitado na grama do seu jardim, cantando. Só o separava do passeio uma simples cerca de madeira. Então sua presença era impossível de não ser notada desde a rua.
Este homem estava acompanhando seu canto com seu violão.
O pai do guri para o carro bem na frente do cantor e permanece em silêncio.
O "artista da rua", obviamente aborrecido, cala seu canto e com um olhar muito agressivo, diz:
- O que você está olhando? Ao que o pai, e diante do olharsurpreso do filho, responde. - Senhor, eu não estava olhando, estava o escutando.
Mas como você parou de cantar essa canção tão linda,
não faz mais sentido continuar aqui ... Então continuamos nosso caminho.
Tenha uma ótima tarde. O homem mais velho, por sua expressão, parecia bastante surpreso e talvez arrependido de sua grosseria.
O filho, por sua expressão, admirando o pai.
E o rio recebeu os dois, com suas "ondas abertas".