Homo Sapiens - sapiens...mas, às vezes, não tão sapiens...
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Se você está lendo esta página, continuação do poema Fóton (2º), está na procura de conhecer o assessor.
Esclarecemos que o Diálogo a seguir é mantido por três personagens: dois humanos e um Fóton.
Há também no início a intervenção divina, e quase no seu fim a de um personagem de uma novela do século XIX
Mais uma vez, bem-vindo
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(Bíblia Sagrada – Velho Testamento – Génesis – Criação do mundo).
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"No princípio Deus criou o céu e a terra.
A terra, porém, estava informe e vazia,
e as trevas cobriam a face do abismo,
e o Espírito de Deus movia-se sobre as águas.
E Deus disse: Exista a luz. E a luz existiu.
E Deus viu que a luz era boa;
e separou a luz das trevas.”
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os Personagens
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O Homo Sapiens
Fóton
Assessor
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Diálogo mantido pelos três personagens
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- E tu, quem és?
- Eu? Sou o Fóton...a terceira criação de Deus.
- Tu és meio soberbo, não? Imagina se vou a acreditar em semelhante barbaridade.
- Acreditar é assunto da tua consciência. Não é a minha função te convencer. Eu somente relato o fato. Digamos que te ilumino...
- Que tu me iluminas?...por favor deixa de ser pedante. Como é que tu poderias fazer isso?...que é engraçado sim..é uma brincadeira, não?
- Gostes ou não..acredites ou não..é assim.
- A minha inteligência é a que me ilumina. Só isso é possível.
- Que tu tentas ser racional eu sei. Mas em vez de possuir ideias, há ocasiões que são elas as que te possuem...
- Como assim? elas não têm individualidade, já que de mim depende a sua existência...como vão me possuir?
- Criando uma realidade fictícia na tua mente...lembro de um antiga expressão que expressa:
"Entre o fato e a minha interpretação, rale-se aquele.”
- Mas eu não faço isso...a ciência me ajuda nas minhas interpretações..às provas sempre me remito.
- Mas eu só um fato da criação...e tu estás negando a minha propriedade de iluminar.
- Não nego a tua existência física nem as propriedades que ela te fornece...mas, por favor a terceira criação de Deus...quem não teve ainda a sua existência provada pela ciência.
- SabesUm Homo Sapiens?, vou chamar nosso Assessor, que tal vez te ajude a entender do que estou falando.
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Respondendo ao chamado, chega o Assessor
- Bom dia...chamaram?
- Sim, bom dia. Tudo bem? Peço-te que faças a gentileza de esclarecer para nós alguns pontos escuros que surgiram na nossa conversa.
- Claro, sem problemas. Pontos escuros? Sem luz então? Esquisito isso estando tu presente...
- Terias razão se as dúvidas estivessem referidas somente às minhas propriedades físicas. Acho que as discrepâncias com Um Homo Sapiens é sobre a palavra “iluminar”, que é um fato físico, e a minha origem digamos “divina”. Um Homo Sapiens nega a existência de Deus, e claro nesse conceito a palavra “iluminar” se reduz ao físico.
- Bem, devo colocar no primeiro lugar que nossa espécie, Homo Sapiens, independentemente de sociedade e culturas derivadas, sempre teve entidades divinas, às quais adorar e obedecer.
- Mas nunca foi provado pela ciência a materialidade de suas existências.
- Isso é afirmação do que chamo de “uma parte”. Que contraditoriamente com o que afirma, luta faz milênios contra “algo” que afirma não existir.
- Luto não contra “algo” e sim contra os Homos que acreditam na sua existência.
- Os que acreditam têm uma interpretação diferente da sua, Um Homo Sapiens. E tentando ser coerente com a sua visão de que vale a interpretação, eles, teriam tanta razão que nem você.
- Mas não a têm...e não entendi isso de “uma parte”.
- Comprovo mais uma vez que Idéias possuem. Pergunto-lhe se uma unha da sua mão tem consciência do que você é?
- Uma unha?...claro que não!
- Porque a unha é “uma parte” sua. Se a tivesse não seria “uma parte” e sim “o todo”.
Acontece conosco como espécie, somos “uma parte” de um “todo”...então não temos possibilidade de saber como ele é.
- Mas temos feito avanços significativos na compreensão desse “todo”. Você como cientista, concorda com essa realidade?
- Claro que concordo. É certo, muito certo...mas que agregaram mais mistérios...e muitas teorias..e idéias que nós capturam...ou possuem...
E o que é essencial, a origem desse “todo” significa para o Homo Sapiens, o grande desafio...e ai esquece sua condição de “unha”. E perde o rumo.
Mas vamos a fatos científicos, e contamos com eles para entender certas parcialidades.
Faz o favor Fóton de relatar para nós tuas propriedades principais.
- Digamos que não eliminei a escuridão, a que se mostra quando eu não estou presente. Quando apareço ilumino e a claridade se faz realidade.
- E tu és um?
- Claro que és um...é bem notável, não?
- Eu posso ser um ou vários ao mesmo tempo. Mas o essencial na minha realidade física é que sou “três”. E partir dessa configuração básica eu posso assumir infinitas variáveis.
- Três que viram infinitas possibilidades? Imagina se isso é possível...nunca!
Neste ponto do diálogo, o site Pausas e Vírgulas faz uma pequena interrupção na conversa e agrega dois versos do poema Martín Fierro que se referem ao ato divino da criação da luz e que assim dizem:
“... também fez a luz
pa’ distinguir as cores.”
- Posso ser vermelho, verde o azul. Quando juntos em um, ou seja em mim, sou que se chama de luz branca.
- Na realidade fóton, tu és sete. Assim como arco iris te mostra quando por refração, tu és descomposta nesses sete...
mas têm razão que a tua essência está formada por três cores, e que são as que mais visíveis.
- A partir de agora deixo contigo a solicitação, e se tu o desejares Assessorde dar as explicações necessárias para uma cabal compressão da minha existência.
Só agrego que além de separar a escuridão da claridade, também reafirmo a minha propriedade de fazer que se distingam as cores.
- Olha Um Homo Sapiens como a partir da ação do Fóton eu mudei aminha apariência...