Sônia_2ª_Página_29Ag - Pausas e vírgulas

Pausas e vírgulas
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Vírgula !
Pausas e vírgulas
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MÚSICA                                                                                                                                                                         
Conservatório Heitor Villa Lobos - Sônia Oliveira Martins                             

Página 02 - 29/08/2021
Sônia Oliveira Martins
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Pianista
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Suas Interpretações
Nº 02
Carta de Amor
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- Bom dia. Claro que podes Dalzio.
 Tudo bem contigo?
- Olá Sônia, bom dia.

Posso entrar?
* * * * * *
- Em geral, sim...estou bem!
- Em geral?...!
- Sim, digamos que deixando de lado certos detalhes, e resgatando outros.
- Ah sim, entendi. Tais como os mencionados por ti no diálogo com Ocurioso.
- Exato, Sônia.
- E qual é o detalhe de hoje Dalzio?
- Tu és a responsável, como os outros que devolvem esperanças...
- Mas porquê sou a responsável? Que será que eu fiz?
- Estás interpretando a valsa de “À Jô”, de autoria de Francisco Mignone.

- Ah sim, melancólica, doce..fala de amor. Justo para um tom menor.
- Sônia, está em Dó menor, não é?

- Sim Dalzio. A imagem auditiva que a mim me produz é a de nostalgias, mas sem tristezas.
- Concordo, mas toda nostalgia sempre está acompanhada com a tristeza.
- Dalzio, por isso o tom menor. A tristeza se deixa com ele...
- Sabes Sônia, lembrei-me da novela O Amor nos Tempos do Cólera de García Márquez.
- Mas Dalzio, que tem a ver com esta valsa?
- A década de 1860 foi época do aparecimento das máquinas de escrever...as que eram caras...muito caras. E datilógrafos não abundavam.
- E a valsa como entra nisso, Dalzio?
- Cartas de Amor, Sônia, cartas de amor...eis o detalhe. Escritas numa máquina de escrever, quando era sinal de cultura e delicadeza.

- Entendi Dalzio. Era novidade, e como poucos a tinham...pode-se dizer que era um símbolo de poder e opulência. Mas a minha dúvida da relação da valsa com máquina de escrever, permanece!
- Sônia, às cartas as resgato como símbolo, que procura novas trilhas para se expressar. Essa foi abandonada e se voltou à letra cursiva e ao papel com pautas.
- Sim Dalzio, e ao correio.
- E a os mensageiros anônimos, Sônia..he he he.

-Dalzio, aquele que sozinho ri, das suas picardias se lembra. E olha que hoje a tecnologia digital substituiu a letra cursiva...digamos que é a máquina de escrever já adulta. He he he.
- Justa observação a tua Sônia, e sabemos que a da valsa é a viúva de Mignone, e eles intercambiaram muitas cartas de amor... E cursivas, em papel, caneta e envelopes...

- Ah sim, as que ficaram conhecidas com o livro publicado por Maria Josephine Mignone, cujo título é, precisamente, Cartas de Amor...
- Ai Sônia, como a letra daquele tango que fala: “Lembras, irmão, que tempos aqueles...”
-Dalzio, não passaram, não. Escuta a valsa e sentirás na melodia uma Carta de Amor para sempre, isto é, cada vez que a ouças.
- Sônia, esse é o detalhe...grato.
Vou escutar...devo clicar na imagem ou no título "né"?
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